quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Drogas na adolecencia

Cabe aos pais preparar o filho para a vida em sociedade. Mas será que as escolas desse adolescentes, como a do uso de drogas, refletem a educação que receberam? “Vários fatores levam uma pessoa ao vicio – a personalidade, os amigos e até facilidade de conseguir drogas. A família exerce influência, sim mas até certo ponto”, esclarece Ronaldo Laranjeira, Psiquiatra. Marcela, 53, e Rodrigo, 60, casados há 30 anos, sempre procuraram dar uma boa educação para os três filhos. A família nunca teve contato com drogas nem sabia de amigos envolvidos. De repente, eles descobriram que os dois mais velhos usavam crack e cocaína. Foram quase 15 anos de luta – e muitas idas ao fundo do poço- antes de superar o problema. “Graças a Deus, meus filhos abandonaram o vício há três anos. As duras penas, aprendi que a família pode não ser responsável pelo vício deles, mas pode ser a alavanca para salva-los. Procuramos impor limites, repreendê-los por usar drogas mas sempre mostramos disponíveis para ajudar. Primeiro foi o mais novo, certo dia, recebi um telefonema da polícia avisando que ele estava num pronto- socorro, pois traficantes tentaram matá-lo. Quando me viu, chorou disse que me amava e tinha medo, mas faria o possível para sair daquela vida. Pediu para ajuda e eu o levei ao Narcóticos Anônimos .O mais velho continuou a usar drogas, na época ele trabalhava em Manaus, na empresa da nossa família. Por causa do vício era irresponsável. Finalmente meu marido percebeu que ao sustenta-lo, contribuía apenas para manter o vício dele. Sem dinheiro ele foi obrigado a voltar para casa. Pôde ver como o irmão estava bem e resolveu iniciar seu tratamento, com nosso apoio. Hoje levamos uma vida normal e esse drama acabou nos unindo. O mais novo namora, o mais velho se e hoje sou avó”, diz. Em busca da cura O primeiro passo é: Admitir que o filho usa drogas e concordar em ajudar. É comum o usuário de drogas reconhecer sua dependência mas recusar o tratamento, pois acha que pode se recuperar sozinho. Opção para quem não pode pagar: É procurar as faculdades de Psicologia e os hospitais especializados em tratamento para dependentes . O vicio não escolhe classe social: Há drogados nas famílias de classe alta, média e baixa. A maioria dos viciados vem de famílias cujos pais não usam – nem usaram –drogas. Não há por que ter culpa. Esse sentimento só impede os pais de procurar e dar ajuda. Os pais devem se informar: Sobre a droga que o filho usa. Assim podem mostrar a ele os problemas que essa droga pode causar, de forma mais imparcial e menos alarmista possível.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

consumo de drogas no Brasil aumentou , diz ONU

Proporção de brasileiros que usam maconha foi a que mais cresceu.
E o país se consolidou como centro de distribuição da cocaína colombiana e boliviana.



O consumo de drogas aumentou no Brasil nos últimos anos, na contramão da tendência mundial de estabilidade. O país também se consolidou como centro de distribuição da cocaína colombiana e boliviana para os principais mercados consumidores. As conclusões estão em um relatório do Escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) contra Drogas e Crime, que será divulgado nesta terça-feira (26).

Segundo o estudo, a proporção da população brasileira que consome cocaína cresceu de 0,4%, em 2001, para 0,7%, em 2005 - o que corresponde a 860 mil pessoas de 15 a 64 anos. Os estados do Sul e Sudeste são os que concentram maiores índices de consumidores.

O uso crescente da droga no Brasil elevou os índices da América Latina. O percentual da população dessa região que diz ter consumido cocaína ao menos uma vez na vida passou de 2,3% para 2,9%, no mesmo intervalo.

Enquanto o consumo brasileiro aumentou, a produção de cocaína na América Latina sofreu uma queda de 2% entre 2005 e 2006, embora os números por país não sejam homogêneos. O cultivo de coca na Colômbia caiu 9%, mas aumentou 8% na Bolívia e 7% no Peru.

Mas foi o consumo de maconha o que mais cresceu no Brasil. Em 2001, 1% dos brasileiros entre 15 e 65 anos consumia a droga. O índice subiu para 2,6% em 2005. Por outro lado, a ONU indica que o número de consumidores de maconha no mundo caiu de 162 milhões, em 2004, para 159 milhões, em 2005.

  • Houve também aumento no consumo de anfetaminas, que chega a 0,7% dos brasileiros, e de ecstasy, consumido por 0,2% da população. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".